quarta-feira, 29 de junho de 2011

PREFÁCIO

Este é um trabalho feito pelo filho mais velho de Ariovaldo Franco, Luiz Fernando Franco. Através de documentos fragmentados e os próprios conhecimentos elaborou um histórico familiar, mesmo sabendo que não é perfeito devido às dificuldades de informações sobre os elementos envolvidos, pois já são falecidos e o desconhecimento dos fatos pelas gerações mais novas.

Sumário

Família Franco, sua origem e sua história ....................... 4
Ormênio Franco................................................................. 10
Justino Franco Júnior........................................................ 17
Fausto Franco .................................................................... 23
Atividades Exercidas em Pirajuí ..................................... 24
Anexo .................................................................................. 27
Santa Casa de Misericórdia de Pirajuí............................. 28
Relação dos Fundadores da Irmandade da Santa Casa 29
Ginásio Municipal .............................................................. 30
Dr. Alceu Franco de Moraes ............................................. 31
Parque Clube de Pirajuí .................................................... 32
Sociedade Esportiva de Caça e Pesca de Pirajuí ............ 33
Notas Finais ........................................................................ 42

Sumário de Imagens

1: Brasão da Família Franco concedido em 1454 ......................... 1
2: Centenário ......................................................... 2
3: Árvore Genealógica da Família Franco................................ 3
4: Ormênio Franco...................................................... 7
5: Ernestina Arruda Franco............................................. 8
6: Árvore Genealógica da Família Ormênio Franco ....................... 9
7: Justino Franco Júnior.............................................. 13
8: Francisca Botelho Franco........................................... 14
9: Justino Botelho Franco............................................. 15
10: Árvore Genealógica Família Justino Franco Júnior ................. 16
11: Fausto Franco .................................................... 20
12: Ana Cândida Prado Franco.......................................... 21
13: Árvore Genealógica Família Fausto Franco.......................... 22
14: Santa Casa – Atualmente........................................... 28
15: E. E. P. S. G. Dr. Alfredo Pujol.................................. 30
16: D. Alceu Franco de Moraes......................................... 31
17: Frente do PCP em 1930............................................. 32
18: Sede de Campo Caça e Pesca ....................................... 33
19: Walter Demarchi segurando um pintado de 35 kg .................... 35
20: Sede Social em Pirajuí (Charme informática) ...................... 36
21: Termo de abertura do livro ata do Caça e Pesca ................... 39

Brasão da Família Franco concedido em 1454


A família Franco foi formada por Guilherme de “La Courne”, e seu neto Gonçalo Anes Franco (ao se tornar senhor da vila de Franco) foi o primeiro a usar o nome Franco.
Ao centro Ormênio Franco e sua esposa Ernestina Arruda Franco na Festa comemorativa do centenário de Justino Franco de Moraes (1950).

Árvore Geneológica da Família Franco

Família Franco, sua origem e sua história

A origem do sobrenome Franco surgiu através de Guilherme de “La Courne”, que fundou uma vila em Portugal, cujo nome escolhido e adotado foi de Vila Franco, tendo ali constituído família e passado a viver.
Seu filho primogênito, teve um filho de nome Gonçalo Anes, que ao se tornar senhor da Vila Franco, alcaide-mor e senhor de Atouguia, passou a adotar o sobrenome “Franco”, sendo o primeiro a fazê-lo e passando a chamar-se Gonçalo Anes Franco, sobrenome esse que passaria a ser usado por seus descendentes.
Juntamente com a honraria recebida por Gonçalo Anes Franco, foi-lhe concedido o Brasão de armas, que passou a pertencer à família, isto no ano de 1454.
Com a transferência de elementos da família para a Espanha, ali veio a se constituir a linhagem de Franco da Espanha, que é bastante importante e numerosa.
Muito embora a Família Franco, tenha uma ramificação bastante grande na Espanha, a Família Franco que estamos nos referindo, tem origem em Portugal, de onde vieram para o Brasil.
Foi através do Tenente Faustino Corrêa, pai do comendador Domingos Faustino Corrêa, que a família Franco aportou em terras brasileiras.
A família Veio das Ilhas dos Açores, se fixando no Rio Grande do Sul. Os avós paternos do comendador, Pedro Corrêa e Andreaza Spinola e, avós maternos José de Brun e Joana da Conceição faziam parte de um grupo de 60 casais, que foram mandados pela Corte Portuguesa, vindo dos Açores (Ilha São Jorge, Terceira, Graciosa e Pico), com a finalidade de empossarem terras no Rio Grande do Sul.
Instalaram-se inicialmente em Porto de Viamão, depois em Porto de São Francisco, que hoje é Porto Alegre.
As terras não ficaram de graça, porquanto eram obrigados a mandar para a corte portuguesa parte do ouro que viessem a extrair das minas ali existentes, transformando o em barras para serem transportadas.
A origem da família Franco, a que este trabalho refere-se, está baseada nos elementos acessados, e que foram acima relacionados, comprovando que realmente a origem é portuguesa.
A linhagem Franco, que veio para o Estado de São Paulo, tem origem em Daniel da Silveira Franco, que é filho de Cecília Corrêa Mirapalheta, casada em segundas núpcias com João Justino Corrêa.
Daniel da Silveira Franco, com o sobrenome adotado, passou a ser o patriarca da Família Franco, a que sua linhagem deu origem. Foi casado com Justina Maria da Silveira Franco, com quem teve um filho, Justino Silveira Franco que se casou com Escolástica Virginia de Moraes.
Justino Silveira Franco era um homem rico e poderoso do Rio Grande do Sul, dono de uma fortuna incalculável, composta por prédios, glebas de terras e minas de ouro, tudo em grande quantidade. Mas todo este capital acabou lhe trazendo problemas com a justiça.
Foi julgado e condenado, mas para não ser preso fugiu para o Estado de São Paulo, onde pretendia permanecer até que os processos de condenação fossem prescritos.

Buscando dificultar a sua identificação, mudou de nome, passando a se chamar Justino Franco de Moraes, sobrenome herdado da mulher.
A fuga no lombo de burros, que eram revezados, durou 105 dias até alcançar Sorocaba, interior do Estado de São Paulo.
Diante da mudança repentina, teve muitos prejuízos não conseguindo trazer para São Paulo a fortuna que possuía.
A permanência em Sorocaba não durou muito tempo, vindo a mudar com a família para Campinas e nas cidades vizinhas, onde como desbravador de sertão abriu muitas fazendas e plantou muitos pés de café, planta que era o ouro da época.
Em Campinas onde morou por muito tempo, nasceram os seus cinco filhos: Ormênio, Francisco, Justino Junior, Fausto e Adelaide.
Algum tempo depois a família migrou para a Fazenda Santa Maria, uma das maiores produtoras de café da região e com uma área bastante grande ainda para ser explorada em Jaú, cidade considerada rica e promissora.
Com a chegada da família em Jaú, os filhos que já eram todos maiores, alguns até casados, foram se desgarrando do comando do pai e tomando o seu rumo, procurando se colocar referencialmente em fazendas, já que eram homens da lavoura.
Por volta de 1915 os irmãos Ormênio, Justino Jr., e Fausto Franco decidiram ir para a cidade de Pirajuí, na região noroeste do estado de São Paulo, onde havia uma enorme corrida para abertura de fazendas e o plantio de café. O poderio econômico que se avizinhava era um fato, comprovando-se pela abertura de agências bancárias e a chegada de representantes de casas comissárias da cidade de Santos, que compravam e cuidavam da remessa do café para Santos, de onde era exportado. Prova maior está no fato de Pirajuí vir a ostentar o título de “Maior produtor de Café do Mundo”.
Os três irmãos, Ormênio, Justino e Fausto, tiveram uma participação importante na vida inicial da cidade e região, conforme a história da vida de cada um.
Lamentavelmente no dia 24 de março de 1920, Justino Franco de Moraes, veio a falecer deixando viúva Escolástica Virginia de Moraes, fato que fez com que o restante da irmandade fosse tomando outros rumos.
O corpo de Justino Franco de Moraes encontra-se sepultado no Cemitério Municipal de Jaú.