quarta-feira, 29 de junho de 2011

PREFÁCIO

Este é um trabalho feito pelo filho mais velho de Ariovaldo Franco, Luiz Fernando Franco. Através de documentos fragmentados e os próprios conhecimentos elaborou um histórico familiar, mesmo sabendo que não é perfeito devido às dificuldades de informações sobre os elementos envolvidos, pois já são falecidos e o desconhecimento dos fatos pelas gerações mais novas.

Sumário

Família Franco, sua origem e sua história ....................... 4
Ormênio Franco................................................................. 10
Justino Franco Júnior........................................................ 17
Fausto Franco .................................................................... 23
Atividades Exercidas em Pirajuí ..................................... 24
Anexo .................................................................................. 27
Santa Casa de Misericórdia de Pirajuí............................. 28
Relação dos Fundadores da Irmandade da Santa Casa 29
Ginásio Municipal .............................................................. 30
Dr. Alceu Franco de Moraes ............................................. 31
Parque Clube de Pirajuí .................................................... 32
Sociedade Esportiva de Caça e Pesca de Pirajuí ............ 33
Notas Finais ........................................................................ 42

Sumário de Imagens

1: Brasão da Família Franco concedido em 1454 ......................... 1
2: Centenário ......................................................... 2
3: Árvore Genealógica da Família Franco................................ 3
4: Ormênio Franco...................................................... 7
5: Ernestina Arruda Franco............................................. 8
6: Árvore Genealógica da Família Ormênio Franco ....................... 9
7: Justino Franco Júnior.............................................. 13
8: Francisca Botelho Franco........................................... 14
9: Justino Botelho Franco............................................. 15
10: Árvore Genealógica Família Justino Franco Júnior ................. 16
11: Fausto Franco .................................................... 20
12: Ana Cândida Prado Franco.......................................... 21
13: Árvore Genealógica Família Fausto Franco.......................... 22
14: Santa Casa – Atualmente........................................... 28
15: E. E. P. S. G. Dr. Alfredo Pujol.................................. 30
16: D. Alceu Franco de Moraes......................................... 31
17: Frente do PCP em 1930............................................. 32
18: Sede de Campo Caça e Pesca ....................................... 33
19: Walter Demarchi segurando um pintado de 35 kg .................... 35
20: Sede Social em Pirajuí (Charme informática) ...................... 36
21: Termo de abertura do livro ata do Caça e Pesca ................... 39

Brasão da Família Franco concedido em 1454


A família Franco foi formada por Guilherme de “La Courne”, e seu neto Gonçalo Anes Franco (ao se tornar senhor da vila de Franco) foi o primeiro a usar o nome Franco.
Ao centro Ormênio Franco e sua esposa Ernestina Arruda Franco na Festa comemorativa do centenário de Justino Franco de Moraes (1950).

Árvore Geneológica da Família Franco

Família Franco, sua origem e sua história

A origem do sobrenome Franco surgiu através de Guilherme de “La Courne”, que fundou uma vila em Portugal, cujo nome escolhido e adotado foi de Vila Franco, tendo ali constituído família e passado a viver.
Seu filho primogênito, teve um filho de nome Gonçalo Anes, que ao se tornar senhor da Vila Franco, alcaide-mor e senhor de Atouguia, passou a adotar o sobrenome “Franco”, sendo o primeiro a fazê-lo e passando a chamar-se Gonçalo Anes Franco, sobrenome esse que passaria a ser usado por seus descendentes.
Juntamente com a honraria recebida por Gonçalo Anes Franco, foi-lhe concedido o Brasão de armas, que passou a pertencer à família, isto no ano de 1454.
Com a transferência de elementos da família para a Espanha, ali veio a se constituir a linhagem de Franco da Espanha, que é bastante importante e numerosa.
Muito embora a Família Franco, tenha uma ramificação bastante grande na Espanha, a Família Franco que estamos nos referindo, tem origem em Portugal, de onde vieram para o Brasil.
Foi através do Tenente Faustino Corrêa, pai do comendador Domingos Faustino Corrêa, que a família Franco aportou em terras brasileiras.
A família Veio das Ilhas dos Açores, se fixando no Rio Grande do Sul. Os avós paternos do comendador, Pedro Corrêa e Andreaza Spinola e, avós maternos José de Brun e Joana da Conceição faziam parte de um grupo de 60 casais, que foram mandados pela Corte Portuguesa, vindo dos Açores (Ilha São Jorge, Terceira, Graciosa e Pico), com a finalidade de empossarem terras no Rio Grande do Sul.
Instalaram-se inicialmente em Porto de Viamão, depois em Porto de São Francisco, que hoje é Porto Alegre.
As terras não ficaram de graça, porquanto eram obrigados a mandar para a corte portuguesa parte do ouro que viessem a extrair das minas ali existentes, transformando o em barras para serem transportadas.
A origem da família Franco, a que este trabalho refere-se, está baseada nos elementos acessados, e que foram acima relacionados, comprovando que realmente a origem é portuguesa.
A linhagem Franco, que veio para o Estado de São Paulo, tem origem em Daniel da Silveira Franco, que é filho de Cecília Corrêa Mirapalheta, casada em segundas núpcias com João Justino Corrêa.
Daniel da Silveira Franco, com o sobrenome adotado, passou a ser o patriarca da Família Franco, a que sua linhagem deu origem. Foi casado com Justina Maria da Silveira Franco, com quem teve um filho, Justino Silveira Franco que se casou com Escolástica Virginia de Moraes.
Justino Silveira Franco era um homem rico e poderoso do Rio Grande do Sul, dono de uma fortuna incalculável, composta por prédios, glebas de terras e minas de ouro, tudo em grande quantidade. Mas todo este capital acabou lhe trazendo problemas com a justiça.
Foi julgado e condenado, mas para não ser preso fugiu para o Estado de São Paulo, onde pretendia permanecer até que os processos de condenação fossem prescritos.

Buscando dificultar a sua identificação, mudou de nome, passando a se chamar Justino Franco de Moraes, sobrenome herdado da mulher.
A fuga no lombo de burros, que eram revezados, durou 105 dias até alcançar Sorocaba, interior do Estado de São Paulo.
Diante da mudança repentina, teve muitos prejuízos não conseguindo trazer para São Paulo a fortuna que possuía.
A permanência em Sorocaba não durou muito tempo, vindo a mudar com a família para Campinas e nas cidades vizinhas, onde como desbravador de sertão abriu muitas fazendas e plantou muitos pés de café, planta que era o ouro da época.
Em Campinas onde morou por muito tempo, nasceram os seus cinco filhos: Ormênio, Francisco, Justino Junior, Fausto e Adelaide.
Algum tempo depois a família migrou para a Fazenda Santa Maria, uma das maiores produtoras de café da região e com uma área bastante grande ainda para ser explorada em Jaú, cidade considerada rica e promissora.
Com a chegada da família em Jaú, os filhos que já eram todos maiores, alguns até casados, foram se desgarrando do comando do pai e tomando o seu rumo, procurando se colocar referencialmente em fazendas, já que eram homens da lavoura.
Por volta de 1915 os irmãos Ormênio, Justino Jr., e Fausto Franco decidiram ir para a cidade de Pirajuí, na região noroeste do estado de São Paulo, onde havia uma enorme corrida para abertura de fazendas e o plantio de café. O poderio econômico que se avizinhava era um fato, comprovando-se pela abertura de agências bancárias e a chegada de representantes de casas comissárias da cidade de Santos, que compravam e cuidavam da remessa do café para Santos, de onde era exportado. Prova maior está no fato de Pirajuí vir a ostentar o título de “Maior produtor de Café do Mundo”.
Os três irmãos, Ormênio, Justino e Fausto, tiveram uma participação importante na vida inicial da cidade e região, conforme a história da vida de cada um.
Lamentavelmente no dia 24 de março de 1920, Justino Franco de Moraes, veio a falecer deixando viúva Escolástica Virginia de Moraes, fato que fez com que o restante da irmandade fosse tomando outros rumos.
O corpo de Justino Franco de Moraes encontra-se sepultado no Cemitério Municipal de Jaú.

ORMÊNIO FRANCO


Fundador e 1° presidente da Sociedade Esportiva Caça e Pesca, sendo seu idealizador e executor da construção da Sede de Campo (1941).

ERNESTINA ARRUDA FRANCO


Ernestina foi esposa de Ormênio Franco. Nasceu em 10 de fevereiro de 1882 e faleceu em 21 de junho de 1956.

Árvore Geneológica da Família Ormênio Franco

ORMÊNIO FRANCO

Ormênio Franco, natural de Campinas, era o mais velho dos três irmãos que migraram para Pirajuí em 1915, filho de Justino Franco de Moraes e Escolástica Virginia Franco de Moraes. Foi casado com Ernestina Arruda Franco, nascida em 10 de fevereiro de 1882 em Campinas.

Ormênio foi o patriarca de uma família bastante numerosa. Ao todo 11 filhos que formaram as seguintes famílias:

1. Ariovaldo Franco, casado com Antônia Falcão Franco, tiveram cinco filhos: Amaury, Luiz Fernando, Gilda Therezinha, Ariovaldo Filho e José Carlos;
2. Antonio Franco, casado com Maria José Mercadante Franco, tiveram três filhos: José Maria, Maria Helena e Suely;
3. Justino Franco Neto, casado com Priscila Oliveira Franco, tiveram quatro filhos: Célio, José Manuel, Dirceu e Roberto;
4. Flávia, solteira;
5. Conceição, casada com Alvino Arruda Nogueira, tiveram um filho: José Cesar;
6. Alceu, casado com Maria Luiza Teixeira, tiveram um filho: José Assaruy;
7. Geraldo, casado com Maria José Oliveira Franco, tiveram três filhos: Leda Maria, Ariovaldo Neto e Léia Maria;
8. Ormênio Jr., foi casado, mas não teve filhos;
9. Orminda, casada com Oscar Meireles, tiveram um casal de filhos:
Fernando Antonio e Flavia;
10. Nélia, casada com Humberto Zambon, tiveram dois filhos: Tadeu e Conceição;
11. José Luiz, casado com Cinira Peres Franco, tiveram cinco filhos: José Sérgio, Carlos Augusto, Maria Ernestina, André Mauro e Sandra Regina.

Em Pirajuí, Ormênio Franco, sendo formado em contabilidade foi convidado a trabalhar como contador da Prefeitura Municipal, durante o mandato do Dr. João de Souza Meireles Neto, em 1920 e com a instalação da Comarca de Pirajuí, foi nomeado Serventuário Público, na função de Depositário Público, onde trabalhou até se aposentar. Além destas funções ele participou:

1. Da assembléia de fundação da Santa Casa de Misericórdia de Pirajuí, sendo um de seus irmãos vitalícios;
2. Da comissão “Pró-Ginásio” destinada a angariar fundos para a construção do ginásio municipal;
3. Da assembléia de fundação do Parque Clube de Pirajuí, sociedade social, cultural e esportiva, sendo sócio fundador e conselheiro;
4. Foi o principal idealizador da fundação da Sociedade Esportiva de Caça e Pesca de Pirajuí, localizada às margens do Rio Tiete no Porto Ferrão em Pongaí – SP, sendo o seu primeiro presidente;
5. De um conjunto musical formado por um grupo de amigos que também eram músicos e que tinham como regente D’artgnan de Andrade que era o mais velho do grupo ficando assim constituído:
• Ormênio Franco (Flauta)
• Mário Nogueira (Flauta)
• Dr. Enés Mendonça (Violino)
• D’artgnan de Andrade (Rabecão)

Devido ao bom gosto do seleto repertório, com suas perfeitas execuções o conjunto passou a ser bastante solicitado, participando de todos os eventos da cidade.
Além destas participações, Ormênio era uma pessoa que se dedicava a caça e a pesca com bastante intensidade, tendo como preferência a caça de aves como, a codorna e a perdiz.
Para tanto mantinha um canil com cães da raça perdigueiro – linhagem especifica para a caça de aves – todos treinados. Seus companheiros de caça eram: José João Della Coleta, Constante Bertini e Elias Godoy.
Todos os anos viajavam para o Mato Grosso ou Goiás, de onde traziam em latas próprias para guardar alimentos o resultado de suas caçadas armazenadas em banha derretida.
Toda a família de Ormênio recebeu o sobrenome Franco, com exceção de um dos filhos. Alceu recebeu o sobrenome Franco de Moraes em homenagem ao avô paterno, Justino Franco de Moraes.
Além disso, Alceu Franco de Moraes foi o único da irmandade que conseguiu um diploma superior. Formado em medicina fez parte do corpo clínico da Santa Casa de Misericórdia de Pirajuí e médico chefe do posto de saúde local por mais de trinta anos, cargo em que se aposentou, foi um médico dedicado à família e o orgulho de seu pai.
Ormênio Franco morreu em 26 de março de 1973, com 90 anos de idade e seus restos mortais encontram-se sepultado no Cemitério Municipal de Pirajuí.

FRANCISCO FRANCO JUNIOR


Foi protagonista de um dos fatos mais inusitados na política. Ao disputar uma Eleição para prefeito em 1951 em Cafelândia houve empate e a votação foi decidida a favor do mais velho. Justino acabou sendo o eleito.

FRANCISCA BOTELHO FRANCO


Francisca Botelho Franco foi a primeira esposa de Justino Franco Júnior, nasceu em 21de abril de 1888.

JUSTINO BOTELHO FRANCO


Justino Botelho Franco é filho de Justino Franco Júnior e Francisca Botelho Franco, casado com Anunciata Telles Franco. É o único sobrevivente entre seis irmãos, estando hoje com 97 anos, encontra-se bastante lúcido e colaborou no levantamento de dados para este trabalho.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Árvore Geneológica da Família Justino Franco Junior

Justino Franco Júnior

Justino Franco Júnior era filho de Justino Franco de Moraes e Escolástica Virginia Franco de Moraes. Nasceu em 27 de junho de 1889, em Campinas, foi casado com Francisca Botelho Franco, nascida em 27 de junho de 1889, com quem teve seis filhos:

1. Silvio, casado com Ana Almeida Prado, em primeiras núpcias e Edna..., em segundas núpcias.
2. Sebastião, casado com Alzira Pereira;
3. Lourdes, casada com Lauro Spilman;
4. Justino Botelho, (Mimi) casado com Anunciata Telles, tiveram quatro filhos: Mário Augusto casado em primeiras núpcias com Laura Perim, tiveram uma filha Rita de Cássia, em segundas núpcias casou-se com Maria José Oliveira, tiveram a filha Anunciata; o segundo filho de Mimi é Antônio Carlos, casado com Lúcia Sornas, tiveram as filhas: Luciane e Marília; o terceiro filho de Mimi é Sílvia Aparecida casada com Orlando Zancopé Júnior, pais de Simone, Silvia e Orlando Zancopé Neto, a quarta e última filha é Maria José casada com José Roberto de Moraes Marques que tiveram os filhos: Karina, José Roberto e
Carolina;
5. Sílvia casada com Ulisses Mattos;
6. Fernando casado com Agueda Zupo.

Nas segundas núpcias Justino casou-se com Odete Teixeira. Com a segunda companheira teve dois filhos, José Eduardo e José Augusto.
Justino Franco Jr. juntamente com os irmãos Ormênio e Fausto, chegaram a Pirajuí, vindos da Fazenda Santa Maria da cidade de Jaú, no ano de 1915. Os irmãos foram pessoas importantes nas decisões da vida inicial de Pirajuí. Justino, assim como seus irmãos, era um homem da lavoura, um desbravador autêntico, sua atividade preferida era a abertura de fazendas e o plantio de café.
Mas em Pirajuí trabalhou como corretor na compra de café para uma casa comissária da cidade de Santos, da qual era seu representante na região. Comprava o café junto aos produtores, providenciando o seu beneficiamento e classificação, mandando-o para Santos de onde era exportado.

Além de sua atividade principal, participava ativamente da vida da cidade, destacando-se como:

1. Um dos fundadores da Santa Casa de Misericórdia de Pirajuí fundada em 15 de março de 1921, que teve como seu primeiro provedor o Coronel Joaquim de Toledo Piza e Almeida. Com a sua participação na Assembléia de Fundação teve o direito adquirido de ser um dos irmãos vitalícios da entidade.

2. Foi sócio fundador da Sociedade Esportiva de Caça e Pesca de Pirajuí, localizada nas margens do rio Tiete, no Porto Ferrão, no município de Pongaí, juntamente com seus irmãos Ormênio e Fausto Franco e mais outros amigos em comum.
3. Participou em 1930 da Assembléia de Fundação do Parque Clube de Pirajuí, sendo um de seus sócios Patrimoniais e Fundadores, que teve como seu 1° presidente o Dr. Joaquim de Amaral Melo.
4. Fez parte da Comissão Pró-Ginásio, encabeçada pela Prefeitura Municipal e por pessoas representativas da cidade com o objetivo de levantar fundos para a construção do Ginásio Municipal em nossa cidade.
Justino era uma pessoa bastante popular e conhecida pela sua competência em tudo o que se propunha em fazer. Tanto é verdade que foi procurado pelo senhor Álvaro de Souza Queiroz, rico fazendeiro da cidade de Cafelândia, município vizinho a Pirajuí, para gerenciar duas grandes fazendas de sua família, os nomes das fazendas eram Cambará e Fazenda Chantembré.
Aceitando a proposta, Justino mudou-se com a família para a Fazenda Cambará, onde permaneceu por algum tempo. A fazenda foi o palco do nascimento de alguns de seus filhos.
Mesmo gerenciando as duas fazendas, mais tarde mudou-se para o município de Cafelândia, onde passou a residir com a família.
Chegando a Cafelândia, Justino que era uma pessoa bastante comunicativa logo se entrosou com a vida da cidade e com as pessoas representativas, com quem passou a conviver.
Gostava de política e em pouco tempo acabou disputando no ano de 1947 o cargo de prefeito municipal, mas por ser novato e inexperiente não soube como enfrentar as “cobras criadas”, mas mesmo assim sua derrota foi por uma margem pequena de votos.
Para a eleição seguinte, um grupo de pessoas que representavam todas as classes produtoras, comerciais e políticas da cidade, procurou-no em sua residência, na noite de terça-feira, dia 21 de maio de 1951, para propor que novamente disputasse o cargo de prefeito. Desta vez apoiado por uma enorme coligação de partidos. Estes lhe garantiriam a vitória no pleito em 14 de outubro de 1951.
Justino Franco justificou que embora sabendo existir duas candidaturas de políticos de prestigio indiscutível, senhores Waldemar Sanches e Alexandre Barduzzi, atendendo ao apelo que lhe era formulado, concordava em aceitar o convite, afirmando que o fazia sem almejar qualquer honraria, nem tão pouco, vantagens para si, mas somente o desejo de servir da melhor maneira possível a cidade onde vivia e que dos habitantes era um amigo leal, sem uma só exceção.
Com a realização das eleições de 1951, aconteceu um fato inédito em toda a história do país.
Houve empate de votos na apuração entre Justino Franco Junior e Alexandre
Barduzzi e na recontagem foi confirmado o empate.
Configurado o empate o Juiz Eleitoral Dr. Bolívar Ferraz Navarro, de acordo com o que determinava o Código Eleitoral, proclamou como vencedor do pleito Justino Franco Junior, por ser o mais velho, juntamente com seu vice de chapa, Álvaro Gonçalves Hehl Glette.
No desempenho de suas funções como prefeito, Justino “arregaçou as mangas” e deu início aos seus planos, como: asfalto nas ruas, ampliando as redes de água, esgoto e construindo escolas e o prédio da prefeitura. Fez toda a infraestrutura que a cidade necessitava de imediato. Tudo foi possível graças ao prestígio que Justino tinha do governo estadual, que lhe deu condições de trazer diversos melhoramentos para a cidade através de verbas conseguidas.
Segundo o testemunho de pessoas que o conheceram Justino foi um grande homem público, tendo administrado honesta, brilhante e reconhecidamente, constituindo um orgulho para seus familiares.
Justino Franco Junior faleceu em 26 de agosto de 1964 e seu corpo encontra-se sepultado no Cemitério Municipal de Cafelândia, escolhida por ele como sua cidade natal.





Fausto Franco foi o proprietário de uma residência na Avenida Rui Barbosa Lima, local onde mais tarde tornar-se-ia a Santa Casa de Misericórdia de Pirajuí.



Ana Cândida Prado Franco foi casada com Fausto Franco. Nasceu em 03 de novembro de 1893 e faleceu em primeiro de agosto de 1959.

Árvore Geneológica da Família Fausto Franco

Fausto Franco

Fausto Franco é filho de Justino Franco de Moraes e Escolástica Virginia Franco de Moraes. Natural de Campinas nasceu em 14 de fevereiro de 1891, foi casado com Ana Cândida Prado Franco, nascida em Jaú em 03 de novembro de 1893. O casal teve sete filhos: Sebastião, Maria Aparecida, Maria Thereza, Maria Antonieta, Maria de Lourdes, Carlos Roberto e Fausto Franco Filho, que formaram as seguintes famílias.

1. Sebastião casou-se com Izaia Chade Franco, tiveram três filhos: Fausto Neto, Maria de Lourdes e Maria da Graça, ambas solteiras. Fausto Neto casou-se com Maria Helena Pfeifer Franco e tiveram dois filhos: Sheila casada com Luiz Carlos Fernandes, com dois filhos: João Victor e Mariana e; Evandro Luiz casado com Estela Crejoinas que também tiveram dois filhos: Danilo e Henrique;

2. Maria Aparecida casada com Fausto Fonseca Filho tiveram duas filhas: Rosana e Regina. Rosana se casou com Waldir Fortes de Arruda e tiveram dois filhos: Maria Silvia casada com Aloísio Rodrigues Oliveira (1ª Núpcias) tiveram uma filha: Beatriz Stela e, da 2ª Núpcias com Marcos Vinicius Teles Carrasco nasceu Ana Silvia e Flávio Eduardo que casou-se com Mayara Rodrigues Arruda. Regina que é a segunda filha de Maria Aparecida foi casada com Aparecido Reginato e tiveram duas filhas: Fernanda casada com Ricardo Ribeiro Borges com três filhos: Ana Clara, José Vitor e Beatriz.

3. Maria Thereza casada com Francisco Martins Correia tiveram três filhos: Vera Regina Fátima, solteira; Regina Célia casada com Rui Buri com quem teve dois filhos: Beatriz e Alfredo; Ana Maria casada com Douglas Giudce e tiveram três filhos: Fábio, Leandro e Douglas Jr.

4. Maria Antonieta; Maria de Lourdes e Carlos Roberto, todos permaneceram solteiros;

5. Fausto Franco Filho casado com Anita Guedes Franco e tiveram três filhos: Evandro casado com Maria de Fátima Vidal Franco e tiveram duas filhas Ana Cândida e Camila, ambas solteiras; Laura casada com Dalton Lima e tiveram uma filha: Izabela a terceira da irmandade, Sônia solteira. Fausto Franco juntamente com os irmãos, Ormênio e Justino Jr. chegaram a Pirajuí, vindos da Fazenda Santa Maria da cidade de Jaú, no ano de 1915, tendo a irmandade sido pessoas importantes e decisivas na vida inicial de Pirajuí. A primeira moradia de Fausto e sua família foi o distrito de Santo Antônio da Estiva, onde iniciou sua vida como comerciante, com uma Casa de Ferragens.
Além de comerciante sua atividade preferida era a de abrir fazendas, plantando café e quando tudo estivesse organizado, partia para outra empreitada.
Como sinal de gratidão pelo Distrito que morava pela sua participação sempre presente, nos problemas locais para sua surpresa e orgulho de sua família, teve o seu nome escolhido para ser dado ao Grupo Escolar Municipal ali construído.
Mudando-se posteriormente para Pirajuí, Fausto foi ser gerente das Fazendas Reunidas Toledo Piza que compreendia as fazendas: Bela Vista e Belmont, localizadas na estrada municipal Pirajuí – Garça, Fazendas que detinham juntas uma lavoura de mais de dois milhões de pés de café, em plena produção.
Após alguns anos, demonstrando interesse em sair da gerencia das Fazendas Reunidas para cuidar de seus próprios negócios, foi lhe proposto pelos patrões para que não saísse, e que lhe venderiam uma parte da Fazenda Bela Vista, em área a ser escolhida e desmembrada. Fausto não teve dúvida em aceitar a proposta e com isso realizar o sonho de um dia ter sua própria fazenda. Fausto passou a ser dono de uma área de terra de 186 alqueires e que recebeu o nome de Fazenda Sertãozinho.
Com o decorrer de alguns anos, tendo recebido uma proposta irrecusável pelo valor que lhe foi proposto, acabou vendendo a Fazenda Sertãozinho.
Com a venda da fazenda, Fausto saiu a procura de outra propriedade e acabou comprando a Fazenda Santa Maria distante apenas três quilômetros de Pirajuí e que hoje pertence ao Bradesco.

Atividades Exercidas em Pirajuí

Além de ex-proprietário de uma Casa de Ferragens no Distrito de Santo Antonio da Estiva como inicialmente citado e gerente executivo das Fazendas Reunidas Toledo Piza, teve em Pirajuí as seguintes atividades:

1. Participou juntamente com seus sobrinhos Ariovaldo e Antonio Franco, de uma sociedade comercial, que seria o primeiro Posto de Gasolina da cidade. A inauguração da nova empresa deu-se em 29 de janeiro de 1929, em prédio próprio construído especialmente para este tipo de atividade que recebeu o nome do POSTO AUTO BRASIL, cuja localização foi na principal rua da cidade, região central, ou seja, no número 389 da Rua 13 de maio.

2. Fausto Franco foi um dos fundadores da Santa Casa de Misericórdia de Pirajuí fundada em 15 de março de 1921, que teve como seu primeiro provedor o Coronel Joaquim de Toledo Piza e Almeida. Com a sua participação na Assembléia de Fundação teve o direito adquirido de ser um dos irmãos vitalícios da entidade. Na gestão como Provedor de Celestino Ferreira Gonçalves, Fausto Franco participou de sua diretoria no cargo de primeiro tesoureiro, cargo que exerceu por quatro anos.

3. Foi sócio fundador da sociedade esportiva de Caça e Pesca de Pirajuí, localizada nas margens do rio Tiete, no Porto Ferrão, no município de Pongaí, juntamente com seus irmãos Ormênio e Justino Jr. e mais outros amigos em comum.

4. Participou em 1930 da Assembléia de Fundação do Parque Clube de Pirajuí, sendo um de seus sócios Patrimoniais e Fundadores, que teve como seu 1° presidente o Dr. Joaquim de Amaral Melo.

5. Foi fundador e seu primeiro presidente da União Democrática Nacional, U.D.N., partido político do Brigadeiro Eduardo Gomes, tendo se elegido como vereador por uma legislatura de quatro anos.

6. Fez parte da comissão Pró-Ginásio, encabeçada pela Prefeitura Municipal e por pessoas representativas da cidade com o objetivo de levantar fundos para a construção do Ginásio Municipal em nossa cidade.

7. Fausto construiu na Avenida Rui Barbosa Lima n° 746, uma rica residência sobradada, uma mansão, com uma enorme área construída, onde ele dizia que não era apenas para conforto pessoal, mas também para receber os parentes e amigos, que eram muitos. Mas não teve tempo de desfrutar da casa de seus sonhos, pois foi surpreendido com a visita de um grupo de amigos liderados pelo então deputado estadual Aníbal Haman que lhe explicou o motivo da visita. O deputado havia conseguido a verba para construir uma maternidade em Pirajuí e que a mesma era de grande valia para a cidade. Argumentaram os referidos senhores, que após diversos estudos chegaram a conclusão que a melhor opção era a residência recém construída do amigo Fausto, que devido a sua localização e a área construída com simples adaptações estaria em condições para ser utilizada e que, portanto estavam ali presentes para lhe propor a compra da mesma. Fausto não esperava por esta proposta, não estava no programa vender o imóvel novo que ele mal tinha começado a usar. Pediu aos amigos que lhe dessem um tempo para pensar e, mais ainda, assimilar a proposta que lhe estavam fazendo. Após levar a família a proposta que estavam lhe fazendo, justificou que se a resolução fosse favorável à venda, implicaria em abrir mão de tudo àquilo que havia sonhado. Em contra partida estaria patrocinando aos menos favorecidos uma oportunidade que não poderiam perder. Como já esperava, obteve da família a concordância para que sua mansão fosse vendida e transformada na Casa Maternal que a cidade almejava. As negociações foram iniciadas e após chegarem a um entendimento quanto ao preço e as condições de pagamento, coisa que Fausto nunca quis revelar, mas que se sabe foi muito aquém do que valia.
A casa Maternal foi fundada em 02 de agosto de 1960 recebeu o nome de Casa Maternal Sara Kubitschek, sendo que posteriormente em 21 de outubro de 1965, foi encampada pela Santa Casa de Misericórdia de Pirajuí.
Esta foi, resumidamente, a vida e a passagem de Fausto Franco por Pirajuí.
Morreu aos 69 anos de idade em 06 de fevereiro de 1960 e seu corpo encontra-se sepultado na necrópole municipal de Pirajuí.

Santa Casa de Misericórdia de Pirajuí



A Santa Casa de Misericórdia de Pirajuí foi fundada em 15 de março de 1921.
Teve como principal idealizador o Cel. Joaquim de Toledo Piza e Almeida, que juntamente com outras pessoas representativas da cidade, entre elas os três irmãos Franco: Ormênio, Justino Jr. e Fausto, que se reuniram em Assembléia para deliberar sobre a fundação definitiva da Santa Casa e escolher a 1ª Mesa Administrativa que teve como seu presidente o Cel. Joaquim de Toledo Piza e Almeida. Os demais elementos presentes na Assembléia passaram a figurar da irmandade como fundadores.
Na gestão de Celestino Ferreira Gonçalves, como, provedor, Fausto Franco fez
parte de sua diretoria como 1º Tesoureiro, cujo cargo exerceu por quatro anos.

Relação dos Fundadores da Irmandade da Santa Casa

1. D’Artgnan de Andrade
2. Vivaldo Nogueira de Sá
3. Milton Tavares Paes
4. Dr. Thessalonico A. do
Nascimento
5. Dr. Jorge Meirelles da Rocha
6. Pedro Keller
7. João Ladeia Guimarães
8. Cap. Olympio Pedro Loureiro
9. Ormênio Franco
10. Eugenio Rino
11. José Ferreira Guimarães
12. José Ferreira da Cunha
13. Luiz Genovez
14. Antonio Maria Gomes da Silva
15. Dr. Francisco Genovez
16. Antonio Reina
17. João Miralla
18. Domingos Santos Abreu
19. Augusto Ribeiro da Silva
20. João Agusto Ribeiro
21. Ademar Manso M. da Costa Reis
22. Mario Abreu de Lima
23. Alberto Luswarghi
24. Dr. Antenos Pinto da Silveira
25. Silvio Guimarães
26. Dr. João Batista Pereira
27. Dr. Pedro da Rocha Braga
28. Dr. João Carvalho de Aguiar
29. Dr. Oswaldo Alves de Moraes
30. Dr. José Augusto Martins Silva
31. Dr. João de Souza Meirelles
Netto
32. Cel. José de Resende Meirelles
33. Padre Arnaldo Geertz
34. Dr. Leonildo Nogueira
35. Dr. Luiz de Toledo Piza
Sobrinho
36. João Fernandes Mourão
37. Fausto Franco
38. Justino Franco Junior
39. Gabriel Garcia de Figueiredo
40. Cel. Joaquim Servulo S.
Meirelles
41. Major Manoel Nogueira de Sá
42. Coronel José Carlos de Oliveira
43. Dr. João Alves Pedreira Ferreira
44. Dias Suaiden
45. Padre João Van der Hulst
46. Dr. Péricles Ferraz do Amaral
47. Cel. Mauricio Gançalves Moreira
48. Coronel Juvêncio de Oliveira
49. Breno de Puala Leite
50. Albeno Jorge de Lima
51. Augusto Ribeiro Filho
52. João Garcia Manzano
53. Job Gomes
54. Gumercindo Ribeiro do Amaral
55. Arthur Moreira
56. Juvenal Morato de Carvalho
57. Dr. Aprígio Guimarães
58. Dr. José de Toledo Arruda
59. Dr. Beraldo de Toledo Arruda
60. Dr. João Francisco Wright
61. Dr. João Celso
62. Dr. Odetto Sandoval de Carvalho
63. Dr. Alexandre D. de Amorim
Lima
64. Dr. Aristides Pereira Campos
65. Dr. Lazaro Silva
66. Dr. Natanael de Assis Velloso
67. Cel. Bento de Abreu Sampaio
Vidal
68. Dr. Joaquim do Amaral Mello
69. Dr. Carlos Regner
70. Ângelo Pavan

domingo, 19 de junho de 2011

Ginásio Municipal



O Ginásio Municipal de Pirajuí foi fundado em 1930 quando era prefeito municipal o Dr. Jorge Meireles da Rocha.
Sua construção teve inicio através de campanhas realizadas pela população campanha essa que recebeu o nome de Campanha Pró-Ginásio.
A manutenção do estabelecimento, nos primeiros anos esteve por conta da Prefeitura Municipal, isto até o ano de 1940, ocasião em que foi encampado pelo governo do estado que tinha como governador Ademar de Barros e desta feita como prefeito municipal Dr. Pedro da Rocha Braga.
Como gratidão ao governador do estado o ginásio passou a chamar-se “Ginásio Estadual Dr. Ademar de Barros”. Sendo que mais tarde passou a ser E. E. P. S. G. Dr. Alfredo Pujol.

Dr. Alceu Franco de Moraes



Foi o único da família a receber o sobre nome de Franco de Moraes, que lhe foi dado, segundo seu pai Ormênio, em homenagem ao avô, Justino Franco de Moraes.

Parque Clube de Pirajuí



O Parque Clube de Pirajuí é uma entidade social, que tem como finalidade específica proporcionar aos seus associados e familiares o convívio social, em todas as modalidades e meios ao seu alcance, promovendo atividades recreativas, culturais, artísticas, esportivas e literárias.
Fundado em setembro de 1930 o Parque Clube de Pirajuí sempre representou a sociedade pirajuiense, orgulhando-se de possuir frequentadores dos mais ilustres,autoridades das mais diversas, se apresentando a toda pompa a que se permitia ostentar.
É considerado um dos cartões postais da cidade.

Sociedade Esportiva de Caça e Pesca de Pirajuí


A história da origem e fundação da Sociedade Esportiva de Caça e Pesca de
Pirajuí tem sido trazida ao público constantemente em diversas versões, mas para quem participou da vida do Clube, sabe perfeitamente que as mesmas não representam a realidade dos fatos. Normalmente as histórias do Clube de Caça e Pesca, são confundidas com a do Clube Santa Helena, que é uma entidade vizinha e que surgiu muito tempo depois.
Com o intuito de acabar de uma vez por todas com essas versões distorcidas que não representam a realidade dos fatos, o senhor Luiz Fernando Franco de 82 anos, filho de Ariovaldo e neto de Ormênio Franco, ambos principais fundadores do Caça e Pesca e participantes da primeira diretoria de 1941 decidiram contar a verdadeira história, pois teve a oportunidade de viver e participar do Clube aos 10 anos de idade.
Para analisar a história, senhor Fernando submeteu a aprovação de Joaquim
Afonso de Britto, que aos 91 anos de vida, é o único remanescente dos sócios mais antigos, cuja aprovação vai por ele avalizada.
Ormênio Franco e seus irmãos Justino Franco Jr. e Fausto Franco tendo chegado a Pirajuí em 1915, vindos da Fazenda Santa Maria situada na cidade de Jaú, amavam e praticavam intensamente a Caça e a Pesca, que eram bastantes fartas na região.
Cansados de acamparem em barracas improvisadas que não ofereciam nenhum conforto os três irmãos seguidos de Ariovaldo Franco, filho mais velho de Ormênio Franco, decidiram que deveriam arrumar um local referencialmente às margens do Rio Tiete no Porto Ferrão, município de Pongaí, onde eles pudessem construir um rancho e praticar a caça e a pesca.


Comentando com amigos comuns da idéia que haviam tido, os mesmos também manifestaram o interesse de participar da idéia, e assim Dr. Reynaldo da Silva Ayrosa, Enéas Solbiate, Domingos de Cilo, Fábio Junqueira Meireles, Antônio Barbante e Octávio Cruz, passaram a fazer parte do Grupo dos dez, juntamente com os quatro da família Franco.
Para confirmar a escolha inicialmente manifestada, o grupo se dirigiu até o porto Ferrão, e lá chegando, a escolha recaiu em uma ilha localizada na Barra do Rio Sucuri.
Para a posse da área, era necessária a autorização do Ministério da Marinha, o que foi conseguido rapidamente com a ajuda de amigos influentes e logo em seguida deu-se o inicio da construção do rancho que era de madeira em 1938.
Com a concorrida freqüência e a difícil chegada ao local, coisa que só era possível com o uso de barco, e como nem todos possuíam esse tipo de embarcação, o grupo decidiu que o rancho deveria ser transferido para as margens do rio.
Isto decidido foram à procura do fazendeiro dono das terras, o Coronel Lázaro
Lopes Bueno, para tentar adquirir um lote onde pudessem transferir o rancho.
Conseguiram negociar meio alqueire de terra no local escolhido só que desta feita a construção seria mais ousada, já que ao invés de um simples rancho seria construído o Clube de Caça e Pesca.



Para a transformação de um simples rancho em uma entidade devidamente legalizada, todas as providências foram tomadas, como a elaboração do Estatuto Social para reger a Sociedade, bem como as demais exigências para que tivesse personalidade jurídica.
O rancho inicial cuja fundação foi em 1938, cedeu a vez ao Clube em 15 de agosto de 1941 e recebeu o nome de Sociedade Esportiva de Caça e Pesca de Pirajuí, conforme ata de constituição, assinada pelos seguintes sócios fundadores: Ormênio Franco, Fausto Franco, Dr. Reynaldo da Silva Ayroza, José Cipriani, Ricardo Mazottini, Adalberto Ferraz de Andrade, Octávio Cruz, Edmur Jorge, Domingos de Cillo, Ariovaldo Franco, Antônio Padilha, Feres Bechara, Enéas Solbiati, José Ganba e Antônio Pereira de Luigi.

A primeira diretoria executiva eleita pela sociedade foi constituída por:

Presidente: Ormênio Franco
Vice-presidente: Enéas Solbiate
1° Secretário: José Cipriane
2° Secretário: Domingos de Cillo
1° Tesoureiro: Ariovaldo Franco

O conselho consultivo foi constituído por Antônio Pereira de Luigi, Antonio Barbante e José Gambá.
Para ajudar financeiramente a entidade a construir sua sede de campo foi montada uma sede social em Pirajuí, este local foi na Rua 13 de maio, 486, na parte superior do sobrado onde funcionava o Empório 13 de Maio, de propriedade de Antonio Padilha que tinha como objetivo a exploração de carteado.
O quadro social, devido à grande demanda, precisou ser limitado a um número de 30 associados, que era o número que as instalações suportavam. No apartamento dos homens havia acomodações para vinte e duas pessoas, e no feminino para quatorze pessoas.
Em 22 de junho de 1959, através de Assembléia Geral, o Estatuto Social, sofreu a sua primeira alteração, que se fazia necessário para se adaptar às exigências da época.
Em 15 de março de 1970, nova alteração no Estatuto Social, veio a acontecer, desta feita para suprimir do nome do Clube a palavra “Caça”, em virtude de exigências de entidade Governamental, a qual o Clube era filiado. Com essa alteração o nome passou a ser “SEPAP”, Sociedade Esportiva de Pesca Amadora de Pirajuí.
Muito embora o nome primitivo tenha sido alterado, o nome Caça e Pesca nunca deixou de ser usado.
Frequentavam a Sede de Campo assiduamente além dos diretores os seguintes associados: Eurico Garcez, Arnaldo Bonadio, Segismundo Amaro de Conti, Luiz Loureiro, Américo Paterline, Galeno Loureiro, Américo Brancalhão, José Pelegrini, Toshihico Imaizumi, Helio Gomes, Geraldo Caldeira, Rui Tavares Paes, José Carlos Franco, Joaquim Afonso de Britto, Moisés Gannan, Walter A. de Britto, Rodolfo Mazotini, Venicio Ribeiro, Sidney Savi e tantos outros.
No decorrer de sua existência o Clube teve um total de nove Presidentes. São eles: Ormênio Franco, Nelson Porto, Arnaldo Bonadio, Antonio de Pietro, Toshihico Imaizumi, Juarez Balerine, Dr. Arnaldo José Grava, Luiz Pedro Marangon, e finalmente Luiz Fernando Franco, eleito em 17 de março de 1974, sendo o último presidente.
Com o término da construção da Barragem de Promissão, o rio Tiete foi represado e o clube para a tristeza de todos veio a desaparecer em 18 de julho de 1974.
Mas a liquidação definitiva com o pagamento de cada um dos associados, só se deu em 05 de maio de 1982, conforme ata desta data, onde os detalhes e valores pagos a cada um, encontram-se registrados.
Os 17 associados que compunham o quadro social na época e, que receberam os valores que coube a cada um, pela indenização, são os seguintes: Amir Magge, Augusto Almeida Maciel, Eurico Oliveira Garcez, Joaquim Afonso de Britto, José Carlos Franco, José Pelegrini, Lucindo Ghiotto, Luiz Magge, Luiz Fernando Franco, Luiz Pedro Marangon, Moisés Gannan, Osmar Gomes, Rubens Marangon, Sebastião Izidoro Rodrigues, Toshihiro Imaizume, Venicio Augusto Ribeiro e Walter Pagan Poli.
Alguns anos antes de 1974, havia um número bastante razoável de associados, ao qual o senhor Fernando também fazia parte, que eram os frequentadores assíduos do Clube. A esses, cuja maior parte já se foram, fica aqui a homenagem, pelos bons tempos que estiveram juntos no Caça e Pesca, citando seus nomes para que não caiam no esquecimento. São eles: Joaquim Afonso de Britto, Walter Afonso de Britto, Rodolfo Mazotini, Moisés Gannan, Venicio Augusto Ribeiro, Sidney Savi, José Carlos Franco, Walter de Marchi, Dr. Arnaldo José Grava, Luiz Pedro Marangon e Osmar Gomes.
Luiz Fernando Franco permaneceu no cargo de Presidente da entidade até 1982, data em que houve a liquidação definitiva da sociedade.
Este é o relato em que o Senhor Luiz Fernando Franco buscou em 2010 para contar a história real, com base em documentos do próprio clube, desde sua origem até seu término.




Notas Finais

Meu nome é Karina Moreti de Camargo, sou Jornalista, formada pela Universidade do Sagrado Coração, USCBauru.
Nos três últimos anos tenho me dedicado a minha profissão de funcionária pública, mas, nem por isso, deixei de atuar no campo do jornalismo. Já trabalhei em emissoras de TV, rádio, e até me tornei editora chefe de um semanário local. Hoje continuo atuando, escrevo para quatro blogs.
Há mais ou menos três meses o Senhor Luiz Fernando Franco me procurou para que eu o auxiliasse em um projeto: O Histórico da Família Franco.
Para que o trabalho fosse concluído só faltava digitação e algumas correções, já que as pesquisas ele mesmo se encarregaria de realizar.
Não hesitei, naquele momento sabia que poderia fazer algo diferente, novo, inédito, pois nunca havia feito um trabalho de histórico familiar.
Este foi um dos trabalhos mais demorados que já fiz, só perde para minha monografia, mas assim como ela, sempre nasciam outras idéias, sempre acabávamos mudando algum aspecto que para nós não estava bom, mas tudo isso valeu a pena.
O Senhor Fernando viajou para recolher algumas informações de fatos ocorridos na família Franco, mas muitas informações foram relembradas por ele mesmo, pois além de fazer parte da irmandade, também é um dos que mais participou dos feitos da família.
A mim restaram os trabalhos de digitação, atualização textual e diagramação. As correções de língua portuguesa e correções em fotos antigas ficaram a cargo de Denílson Pereira de Souza, formado em Gestão de Tecnologia da informação, pela Universidade Paulista, UNIPBauru.
O trabalho foi concluído no dia 02 de dezembro de 2010. Já começo a sentir saudades das conversas, das mudanças de planos e dos novos títulos que deveriam ser colocados nas páginas para relembrar um determinado parente.
Agradeço ao Senhor Luiz Fernando Franco pela oportunidade.



Um forte abraço,


Karina Moreti de Camargo